Por onde pedalar

O uso da bicicleta traz benefícios reconhecidos no mundo inteiro e muitas de suas características favorecem sua aplicação na estrutura viária:
-baixo custo de aquisição e manutenção;
-eficiência energética;
-baixa perturbação ambiental, não acarreta danos ao meio ambiente;
-contribuição à saúde do usuário;
-acessível a todos;
-maior flexibilidade no uso, pois o ciclista sempre encontra meios de prosseguir a viagem, mesmo quando há congestionamento ou interrupção do tráfego;
-rapidez;
-baixo custo de infraestrutura (considerando a necessidade de espaço viário e de estacionamento);
-menor necessidade de espaço público.

Vaga ao longo do passeio: 6 x 2,1m. Um carro ou 12 bicicletas! (Ilustração Raul Bueno em ecocidades.com)

Alguns aspectos, em relação aos demais veículos, ainda são desfavoráveis, como:
– possui raio de ação limitado (seu uso é baseado no esforço físico do usuário e depende de características da via, como desníveis e infra-estrutura) e apresenta sensibilidade às rampas;
– alta exposição às intempéries e à poluição;
– vulnerabilidade (sendo este o maior fator de desestímulo, assim como em motocicletas, motonetas e ciclomotores).

Desempenho dos veículos em tráfego urbano

O convívio de ciclistas, motoristas e pedestres depende de medidas organizacionais que permitam o compartilhamento das vias. O Planejamento Cicloviário é o instrumento capaz de estabelecer informações técnicas e parâmetros para implantação deste transporte. Ele deve abordar aspectos como projeto geométrico, pavimentação adequada, drenagem, sinalização (vertical e horizontal), iluminação, entre outros.

Principais conceitos:
Ciclofaixa – parte da pista de rolamento destinada ao trânsito de bicicletas, separando-as do fluxo de veículos através de sinalização horizontal. Normalmente localizada nos bordos direitos de ruas e avenidas, no mesmo sentido de tráfego.

Ciclofaixa permanente. (Fonte: bicileteiros.com)

Ciclovia – pista destinada à circulação de bicicletas separada fisicamente do tráfego motorizado através de mureta, meio fio, grade, blocos de concreto ou outro tipo de isolamento fixo. Ciclovias são indicadas para avenidas e vias expressas, pois protegem o ciclista do tráfego rápido e intenso e podem ter seu tráfego compartilhado com pedestres.

Ciclovia em Sorocaba. (Fonte: mobilize.org.br)

Ciclorrota – Via comum onde trafegam carros e ciclistas, não há separação física do espaço, mas a prioridade é do ciclista. Representam os melhores caminhos para ciclistas trafegarem. Os órgãos de trânsito sinalizam esses trechos para alertar os motoristas que diminuam a velocidade para compartilhar a via e para indicar aos ciclistas quais ruas e caminhos mais recomendados.

Ciclorrota, os melhores caminhos para trafegar de bicicleta. (Fonte: Flickr Ciclocidade)

Paraciclos – estrutura destinada ao estacionamento de bicicletas para mantê-las de forma ordenada.

(Fonte:Bicicletários – diretrizes para estacionamento de biciletas www.ta.org.br)

Bicicletário – estacionamentos de longa duração, com grande número de vagas, controle de acesso, podendo ser público ou privado, geralmente implantado junto a terminais de transporte, grandes indústrias, parques etc.

Bicicletário no Rio de Janeiro (Fonte: vivoverde.com.br)

» Ciclofaixa de São Paulo

» Caderno de Referência para elaboração de Plano de Mobilidade por Bicicleta nas Cidades

» Escola de Bicicleta

» Rodas da Paz

» Viaciclo

» Transporte Ativo

» Como transformar a bicicleta em transporte público

» Bicing

» Vá de Bike