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Freios, suspensão, direção e transmissão

Cuidados com os sistemas de freios, suspensão, direção e transmissão.
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SISTEMA DE FREIOS

O sistema de freios de um veículo existe para provocar a moderação da marcha, a parada completa ou imobilização do veículo quando estacionado, por isso sua manutenção deve ser feita com regularidade e cuidado. Os freios devem estar sempre bem regulados para que quando solicitados em freadas bruscas, não haja desvios na direção.

Nos caminhões, a missão do sistema de freio é ainda maior: segurar uma carreta que pode estar com uma carga superior a 50 toneladas exige um equipamento eficiente para evitar acidentes e desgaste excessivo do tambor de rodas e de outros agregados do sistema de freio.

Então, fique atento:
– à presença de folga no pedal do freio. Se o pedal está abaixando com frequência, significa possível defeito no cilindro mestre e perigo iminente;
– ao reservatório e ao nível do fluido do freio. O fluido do freio é uma substância que absorve água e como fator de segurança deve ser substituído de acordo com as recomendações do fabricante;
– a ruídos de atrito ferro com ferro ao pisar no freio, pois indicam lonas ou pastilhas desgastadas. Troque-as de imediato;
– às condições das pastilhas de freio: verifique a cada 5.000km. Caso estejam com espessura inferior a 2 mm, devem ser substituídas;
– se os discos estão frisados e com espessura inferior ao recomendado, pois também devem ser trocados.

SISTEMA DE SUSPENSÃO

O sistema de suspensão é responsável pela estabilidade e, portanto, segurança do veículo, além de proteger a carroceria e os ocupantes do veículo das oscilações resultantes das irregularidades do pavimento.

Cabe ao amortecedor controlar as ações dinâmicas das molas que compõem o sistema de suspensão. Assim o amortecedor não impede ou dificulta a compressão e extensão das molas, apenas inibe a repetição dos movimentos, garantindo a estabilidade do veículo.

Além das molas e amortecedores, cabe destacar a importância da barra estabilizadora, que tem como função estabilizar a carroceria, limitando sua inclinação lateral quando o veículo faz as curvas.

Atenção:
– Quando os amortecedores estão sem ação, o veículo fica instável, duro e trepida, principalmente em altas velocidades. Para solucionar o problema, o amortecedor deve ser substituído;
– Ocorrerá desgaste irregular dos componentes da suspensão quando o chassi apresentar empenos ou torções, além do mesmo ficar muito instável;
– Se as molas estão quebradas ou fracas, afetam a altura do veículo, deixando-o muito baixo e instável. Neste caso, as molas dos dois lados devem ser substituídas.

SISTEMA DE DIREÇÃO

Os veículos, hoje, têm um sistema de direção constituído por eixos, barras e articulações ligados entre si, com a finalidade de comandar o movimento das rodas.

A verificação e manutenção deste sistema e o alinhamento periódico da direção são pontos fundamentais para a segurança no trânsito. É importante saber que a verificação e correção do alinhamento das rodas, bem como seu balanceamento, devem ser feitos com instrumentos e equipamentos adequados e em oficinas especializadas.

– Veículo que apresenta instabilidade pode ser caso de folga nos rolamentos, terminais desalinhados, entre outros. Caso isto ocorra, procure imediatamente descobrir e corrigir a falha para sua segurança;
– A caixa de direção com folga indica risco para o controle do veículo, ela também não deve transmitir vibrações para o volante. Assim, casos de vibrações no volante ou a direção ‘puxando’ indicam a necessidade de alinhamento e/ou balanceamento das rodas;
– Folgas das buchas de balanças e braços de articulação devem ser verificadas constantemente, pois desalinham as rodas, causando barulhos e desgaste excessivo nos pneus;
– Quando as rodas estão desbalanceadas, ocorre o desgaste em pontos alternados no centro da banda de rodagem, e a roda vibra em velocidade. Se o desgaste acontece do lado de dentro da banda de rodagem dos pneus, o problema é o ângulo de convergência maior que o indicado. Se do lado de fora, o problema é o ângulo câmber maior que o indicado.

SISTEMA DE TRANSMISSÃO

A transmissão é um conjunto de dispositivos utilizados para transmitir a força produzida no motor às rodas motrizes, para que o veículo entre movimento. O sistema é composto pela embreagem, caixa de marchas, diferencial, semi-árvores, homocinéticas e rodas. Esses componentes estão ligados e possuem interdependência de funcionamento.

Num automóvel com motor dianteiro, a transmissão passa por todos estes componentes. Eles impõem às rodas a potência do motor transformada em energia mecânica. Quando colocamos um carro em movimento, inicialmente, pisamos na embreagem para engrenar uma marcha. O movimento é transmitido ao diferencial que movimentará as rodas através das semi-árvores.

O conjunto de peças usadas para ligar e desligar o motor do sistema de transmissão e efetuar a progressão do torque do motor permitindo uma partida suave do veículo chama-se embreagem, e localiza-se entre a caixa de mudanças e o volante do motor.

A embreagem é um dispositivo muito usado no veículo. A cada mudança de marcha, ela é acionada. Seus componentes são passíveis de desgaste e podem apresentar inconvenientes que devem ser imediatamente solucionados para não estendê-los a outras partes do motor, como o câmbio.

O câmbio permite as mudanças de marchas de forma suave e segura. Na manutenção da caixa de câmbio, não se esqueça de verificar o nível de óleo e a data da troca do mesmo. O óleo recomendado é o de base mineral, multiviscoso, e deve conter aditivo de extrema pressão. Esses óleos são indicados para engrenagens com alta solicitação de carga.

– Engates de marchas difíceis, dificuldade de subir ladeiras, pedal de embreagem duro, alto consumo de combustível, são alguns sinais de que a embreagem está no final de sua vida útil;
– Se a embreagem estiver patinando não viaje com o veículo e evite efetuar ultrapassagens;
– A troca correta de marchas é importante para a conservação e desempenho do veículo, por isso o câmbio deve ser movimentado com firmeza, sem forçar a penetração das marchas evitando assim danos ao mecanismo seletor;
– Ao reduzir a velocidade mantenha o veículo engrenado para aumentar a vida útil de pastilhas e lonas;
– Não descanse o pé no pedal da embreagem e não segure o carro nos aclives com a embreagem, evitando desgaste prematuro de todo conjunto.

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